sábado, 20 de julho de 2013

Demografia

Demografia

A interpretação dos dados demográficos de maneira correta é de importância inestimável para qualquer estudante de geografia que se preze. Mesmo aqueles que não estão interessados em um futuro geográfico necessitam saber interpretar dados populacionais, para não falar algumas besteiras.
A sabedoria popular diz que nascem mais meninas. Na verdade é o contrário, isso por uma questão biológica. Por diversos fatores as mulheres se tornam maioria a partir da faixa dos dezenove anos de idade. Daí a explicação do porque existem mais mulheres, as quais têm maior expectativa de vida.
Se alguém dissesse que no Brasil a taxa de crescimento populacional é maior do que na China, o que diria? Pois saiba que é a mais pura verdade. O ritmo de crescimento é maior em nosso país. Mas se considerarmos apenas os números absolutos, óbvio que teremos mais chineses nascendo todos os anos. Por isso, é relevante conhecer a diferença entre os termos de população absoluta e relativa.
A demografia é um dos conteúdos mais importantes da Geografia em sua missão de descrever o espaço geográfico. Uma pena que tantos professores ignorem esse conteúdo por considerá-lo muito “matemático”. Uma boa aula de demografia é o ponto de partida para os estudos cartográficos, geopolíticos, socioeconômicos, ambientais, etc., o que servirá tanto para os que se definem como críticos ou tradicionais.

Leia mais sobre população:



quinta-feira, 11 de julho de 2013

O choque de civilizações - Comentários

O choque de civilizações é possível? Eu penso que sim. Longe de ser uma bíblia que deva ser seguida por seus leitores, o livro de Samuel Huntington é deveras indispensável para quem gosta de geopolítica. Antes de tudo, deve-se ter em mente que o mesmo foi escrito no meio da década de 1990, quando nada sobre o futuro estava claro. Na verdade, ele acertou mais do que errou. Mas jamais ele imaginou o atentado de 11 de setembro de 2001. Quem imaginaria?
Um ponto de vista diferente daquele que conhecemos pela mídia. Ao invés de dar ao fator Estado-Nação o papel de protagonista, o autor formula a ideia geopolítica do mundo contemporâneo em bases culturais. Seus cenários são ricos em detalhes, e seus argumentos altamente reflexivos.
Claro que existe polêmica. Mas não há como julgar o autor em termos de xenofobia quando o mesmo atesta que o islã é altamente beligerante, ou que os ocidentais são extremamente arrogantes. Também não há como dizer que ele foi superficial ao não detalhar as civilizações latino-americana e africana, uma vez que, realmente seu papel era insignificante no meio daquela década. Talvez ainda seja.
Fiz ao longo da leitura do livro algumas observações, e compartilhei aqui neste espaço. Mas esta é apenas a minha interpretação. Sugiro a leitura de O choque de civilizações a todos que querem compreender melhor o mundo.

Postagens anteriores sobre O choque de civilizações:

Esfacelamento nas Bálcãs – O fim da Iugoslávia
A era dos conflitos
Cristãos e Muçulmanos – Similaridades
Porém não - Os dois pesos e as duas medidas
A ascensão do Ocidente e a violência organizada
Vestindo calça jeans, bebendo Coca-Cola, escutando rap
As “linhas” divisórias da Geopolítica