domingo, 18 de agosto de 2013

Crescimento Econômico na África Subsaariana


Várias nações africanas alcançam crescimento superior a 7% ao ano, porém, tal crescimento está baseado apenas na extração de recursos primários, que valem menos na exportação. Embora as taxas de crescimento sejam maiores que a média mundial de 4% ao ano, isto não representa algo realmente significativo em números absolutos, pois a África Subsaariana segue como uma das regiões mais pobres do planeta. Este quadro é agravado por inúmeros motivos. Dentre eles podemos destacar: os regimes ditatoriais, a corrupção, a falta de transparência do gasto do dinheiro público e a fragilidade das instituições políticas, que não possuem estabilidade democrática e não conseguem fazer uma justa distribuição da riqueza gerada. As guerras são outro problema grave, e ocorrem tanto pela disputa de poder como pelo controle das riquezas minerais. Em alguns países as nascentes de água doce são razão de conflito, além, é claro, das questões étnicas e religiosas. Fica difícil enxergar um quadro de melhora real em curto e médio prazo para a África. As potências econômicas da União Europeia, os EUA e recentemente a China, lucram horrores com a exploração do continente. Para estes governos imperialistas, uma distribuição da riqueza não interessa realmente. Isso sem comentar o lucro da indústria de armamentos com os inúmeros conflitos que ocorrem no continente africano.

Leia mais sobre o tema neste blog:
http://geopesca.blogspot.com.br/2012/11/senhor-da-guerra.html
http://geopesca.blogspot.com.br/2012/04/africa-subsaariana-quem-interessa.html

Leia sobre a Primavera Árabe no link abaixo:
http://geopesca.blogspot.com.br/2012/10/primavera-arabe.html


sábado, 10 de agosto de 2013

Medidas de Austeridade na União Europeia

Desde o início da crise da dívida, os governos europeus buscam equilibrar suas contas. Para isso utilizam os planos de austeridade, ou medidas de ajuste, que aumentam o valor dos impostos, cortam gastos públicos, e diminuem drasticamente os benefícios sociais. Essas medidas empobrecem a população, limitam o crescimento econômico e ampliam o desemprego, levando multidões às ruas em protesto. Enfraquecidos pelas reformas, vários dirigentes deixaram o poder, por perder sua sustentação paralamentar ou por derrotas eleitorais.
Os países atingidos pela crise de maneira mais séria passaram a ser identificadas pelo anacrônico Piigs (uma referência à porco em inglês) sendo estas as iniciais de Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (Spain). O primeiro país seriamente atingido pela crise foi a Grécia. O país pediu socorro ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e aos órgãos oficiais da União Europeia, mas teve que fazer uma ampla reforma, as temidas, medidas de austeridade: aumento de impostos, privatizações, cortes nos direitos trabalhistas, demissão de servidores públicos, redução de salários e de aposentadorias. Tais medidas provocaram uma revolta social no país, com greves e protestos violentos. Tais medidas, porém, não surtiram efeito algum. O PIB da Grécia está em queda, e o desemprego já atinge um em cada quatro trabalhadores.
A situação na União Europeia continua tensa. Enquanto Grécia, Portugal e Irlanda são países periféricos da zona do euro, a situação da Itália e da Espanha tira o sono dos líderes europeus, pois o custo para salvar essas economias será bem maior.

Leia também sobre o início da crise em 2008 nos EUA:
http://geopesca.blogspot.com.br/2013/08/crise-o-estouro-da-bolha-imobiliaria.html

OBS: A primavera árabe também pode ser interpretada como uma das consequências da crise mundial. Leia sobre ela no link abaixo:
http://geopesca.blogspot.com.br/2012/10/primavera-arabe.html

Crise - O estouro da bolha imobiliária


A atual crise na União Europeia está ligada aos problemas econômicos mundiais, iniciados no ano de 2008, nos Estados Unidos. Os governos europeus, tal como o americano, despejou trilhões de dólares/euros em dinheiro público para ajudar as empresas e os bancos à beira da falência.
Estas medidas desesperadas (algo bem contrário à doutrina neoliberal por eles difundida) fizeram com que a dívida desses países ficasse muito mais alta do que já estavam. O endividamento público elevado é problemático para a zona do euro, pois os países têm economias interligadas, e são obrigadas a seguir parâmetros rígidos para controlar a inflação e equilibrar o orçamento, ou seja, o equilíbrio entre o que se gasta e o que se arrecada.
Entre 2002 e 2008, com taxas de juros num patamar baixo, os bancos fizeram empréstimos de longo prazo a clientes sem boa avaliação como pagadores (subprimes). O crédito fácil intensificou a procura por imóveis, que tiveram os preços elevados. Com o cenário de inflação se instalando, o governo americano decidiu subir os juros. Com isso, a prestação dos financiamentos ficaram mais caras, levando muitos compradores pararem de pagar suas duplicatas. Isso provocou uma espécie de "efeito dominó": primeiro os bancos retomaram os imóveis; em seguida colocaram à venda, para cobrir os empréstimos; o aumento da oferta de imóveis derrubou o preço dos mesmos; mesmo vendendo os imóveis, os bancos não conseguiram recuperar o prejuízo. Acontece que muitos títulos negociados pelos bancos tinham como garantia os empréstimos feitos aos subprimes, e com a falta de pagamentos os títulos perderam seu valor na bolsa de valores. Esse processo ficou conhecido como o estouro da bolha imobiliária, em setembro de 2008, cujo marco foi a "quebra" de um dos maiores bancos de investimentos dos EUA, o Lehman Brothers. Em seguida, a crise espalhou-se pelo sistema financeiro mundial.

Leia sobre a crise na União Europeia:
http://geopesca.blogspot.com.br/2013/08/medidas-de-austeridade-na-uniao-europeia.html