sábado, 30 de agosto de 2014

O mito da democracia racial no Brasil

O mito da democracia racial no Brasil

por Joseh Silva  publicado 29/08/2014 14:06
É falso afirmar que o Brasil não é um país racista. Viver nesta afirmação não se trata somente de “tapar o Sol com a peneira”, mas de continuar permitindo um quadro social que favorece uma população de elite e branca, ou, pelo menos, de pessoas que se identificam com isso.
Não é necessário nem citar dados para concluir que o racismo está estampado em nossa bandeira: basta ver a situação dos negros a revelar que o racismo é institucional e estruturante da nossa sociedade. A partir disso, não podemos usar uma pontualidade como fato principal. Apesar de gravíssima, a atitude da torcedora do Grêmio, que foi flagrada pelas câmeras de tevê chamando o jogador Aranha, goleiro do Santos, de macaco, que deve ser responsabilizada, nada mais é do que um efeito colateral.
Negros são maioria no país e, em disparada, a maior população carcerária. São vítimas de um genocídio perene e banalizado. Vivem em favelas e periferias em condições subumanas. O acesso ao serviço público é ruim. Diariamente, são agredidos pelo Estado de farda e por uma mídia fascista.
Negros e negras sofrem com ataques racistas há gerações. Já passou do momento de acontecer, no mínimo, uma reparação integral. A estigmatização é uma arma muito poderosa, pois fortalece o preconceito, baixa a auto-estima de um povo e minimiza os efeitos de uma diáspora.
O racismo é uma prática institucional exposta nesta pátria amada. A primeira cena que presenciei foi ainda muito cedo, acredito que tinha por volta de 12 anos. Eu, meu irmão e um amigo. Saímos de casa com trajes para uma partida de futebol na quadra de uma escola. Para chegar até lá, tínhamos de ir até a outra ponta da favela. No meio do caminho, nos deparamos com quatro policias que apontavam suas armas em direção a cada beco e viela.
Quando eles nos viram, falaram baixinho para pararmos. Assutados, congelamos. Um policial pediu para meu irmão e eu, que temos o tom de pele mais claro, sairmos e seguraram nosso amigo, que foi agredido física e verbalmente.
Esse tipo de prática seletiva acontece todos os dias dentro das favelas, e o País segue na farsa do “ninguém sabe, ninguém viu”. Mesmo com casos explícitos que tomam o cenário nacional, como Cláudia Ferreira, mulher negra, pobre e moradora do subúrbio do Rio, que depois de baleada, foi arrastada por uma viatura da Policia Militar, num ano de Copa do Mundo, momento em que o País é vitrine e as forças amardas mandam um recado para a população negra e pobre. Cena que remete à captura de um escravo por capitães do mato.
Enquanto os efeitos colaterais do racismos institucional aumentam, práticas que transgridem leis e violam direitos humanos parecem não causar indignação e colocam em questão a atuação da justiça quando se trata de negro e pobre. Racistas não prendem racistas a não ser para salvar o próprio racismo.

Link da reportagem:

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Terrorismo na Nigéria - Boko Haram


As ações do grupo Boko Haram na Nigéria

Por Karine V. C. do Vale*

Boko Haram, grupo fundamentalista islâmico, atua desde 2002 no norte da Nigéria utilizando de métodos terroristas. Sua ideologia condena o ensino ocidental às mulheres, que segundo a sua concepção devem ser apenas servas. Seus ataques ocorrem em grande parte no sul do país onde a maioria é cristã e ensina as mulheres o oposto de seus ideais.
As ações horrendas do grupo só têm sido mostradas pela mídia neste ano, porém, desde 2009 empreendem uma forte campanha de ataques armados, atentados e sequestros. Em 2011 os ataques se intensificaram em várias cidades sendo utilizadas bombas em igrejas que realizavam missas após o natal. Em 2013, vestidos de militares interromperam o tráfego e ordenaram a saída dos veículos assassinando várias pessoas. Nove dias depois atacaram uma universidade e mataram cerca de 50 pessoas.
No ano de 2014 ataques ocorreram sucessivamente e em massa. Em janeiro dispararam contra uma vila e contra uma igreja. Em fevereiro atearam fogo a uma escola com todos que estavam no local. Em março atacaram uma aldeia, incendiaram e atiraram nos fugitivos. Em abril o sequestro de 276 meninas estudantes que seriam vendidas como esposas gerou manifestações contra o governo que se mostrou incapaz de responder às ações, ainda de acordo com o G1 boa parte das sequestradas foram expostas a abusos a todos do grupo. Atos como esses se repetem todos os dias sendo calados e ocultados.

Aluna do 9º Ano do Ensino Fundamental do Col. Est. Prof.ª. Iara Bergmann
Pesquisa desenvolvida nos site da BBC/G1/Veja/GNews/Wikipedia

Leia neste blog:
A culpa pelo fracasso na educação!
Nunca discorde de um revoltado na Internet
http://geopesca.blogspot.com.br/2014/08/geografia-virtual-e-sociedade.html