Mapa, tesouro inestimável
Por Antonio Teixeira Neto
O
mapa – principal produto da cartografia – sempre despertou em todo o tempo, em
todos os lugares e em todas as pessoas interesses diversos, dentre os quais o
mais almejado foi fazer dele um poderoso instrumento de poder, conquista e
dominação.
Os
mapas, em todo o mundo, adquire as mais diversas feições: por momentos não
passa de um simples croqui pedagógico aparentemente ingênuo, mais adiante já é
um documento técnico reservado a especialistas, na surdina é segredo de Estado,
que só pode ser visto por comandantes de grandes corporações militares.
Seja
qual for a utilidade atribuída, o mapa conserva uma virtude que ninguém pode
lhe subtrair: ser um tesouro inestimável nas mãos de quem quer que seja. Isso
porque ele tem o dom de mistificar, criando em torno de si uma aura de mistério
e mito, que poucos meios de comunicação são capazes de fazê-lo.
O
mapa encanta quem através dele viaja pelos mais recônditos confins, cheios de
mistério jamais imaginados. Também encanta quando é elaborado como se fosse uma
obra de arte.
Mas
às vezes o mapa é portador de mensagens que instigam poder e cobiça. Neste
caso, o mapa é uma faca de dois gumes: serve como instrumento de dominação para
quem o criou; desinforma e desorienta quem o utiliza.
Adaptado do texto de Antonio Teixeira Neto, publicado
no Boletim Goiano de Geografia, v.
26, n. 2, jul./dez. 2006, p.50
Mapas do Acaso - Engenheiros do Hawaii
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