segunda-feira, 23 de julho de 2012

Teoria de Malthus


Thomas Malthus, em 1798, publicou seu ensaio sobre a população. Sua ideia era a de que a população duplicaria a cada 25 anos. Em outras palavras, ele previu um crescimento em progressão geométrica. Ao passo que a população crescesse, a produção de alimentos não acompanharia o contingente populacional, pois a mesma cresceria em progressão aritmética. Sua proposta era a de que somente tivessem filhos aqueles que pudessem criá-los, que tivessem terras cultiváveis para o plantio e criação de gado. Mais radical  ainda, ele, pastor da igreja anglicana, e contrário aos métodos contraceptivos, propunha que só se tivessem relações sexuais em caso de conceber uma gravidez. 
Malthus se baseou na sociedade rural da Europa dos primeiros anos da Revolução Industrial. Hoje, é fácil ver que ele errou. Mas na época, suas ideias pareciam ter "pé e cabeça". Influenciou pensadores de economia e até mesmo Darwin. Ele considerou as variantes da época e do local onde vivia para todo o planeta. Ele jamais poderia imaginar o quanto a engenharia de alimentos se modernizaria. Hoje, somos capazes de produzir alimentos para mais de nove bilhões de pessoas, e somos atualmente cerca de sete bilhões na Terra.
Portanto, não é a falta de alimentos e o crescimento populacional que explicam a pobreza do mundo.Teoria póstuma a ele, que morreu em meados da primeira metade do século XIX, surgiu no século XX, denominada de Teoria Neomalthusiana. Apesar de não falar da produção de alimentos, esta nova teoria também aponta, convenientemente, para a mesma causa de pobreza no mundo: o crescimento populacional dos países subdesenvolvidos.
Apedrejar Malthus é um dos exercícios preferidos dos marxistas ferrenhos. Mas, há um valor imenso na sua pesquisa. O simples fato de ter tentado avisar das catástrofes que viriam, é digno de nota. Ele não tinha como acertar tudo, mas acertou em cheio ao prever a fome e a miséria. A ganância do ser humano é quase proporcional à sua hipocrisia.

Veja neste blog:
Pobreza na África:
Faces do Subdesenvolvimento:
Favelas e Poemas:
Resto do Mundo - Gabriel Pensador

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Fontes de Energia - Carvão Mineral


Matriz Energética – Back to Black

E o futuro? E as fontes de energia? E o meio ambiente? Li recentemente uma reportagem sobre o carvão mineral. Em tempos que se falam de carros elétricos, combustíveis não poluentes, biomassa, sustentabilidade, Rio – 92, Rio + 10 e Rio + 20, os dados sobre o carvão mineral são assustadores para os ecologicamente corretos.
Os chineses estão obcecados por este combustível. O carvão (não o do churrasco) voltou com tudo. Hoje ele serve para gerar energia e alimentar a indústria siderúrgica. Já foi o motor da revolução industrial no século XVIII. O carvão tem a mineração mais poluente e perigosa do mundo. O planeta vai sentir saudades do petróleo?
Atualmente o carvão representa 27,2% da matriz energética mundial, atrás apenas do petróleo, que tem 32,8%. Segundo estimativas, o carvão mineral vai ultrapassar o petróleo já em 2030. Os maiores produtores e consumidores de carvão do mundo são a China, os Estados Unidos e a Índia.
O problema é que queimar carvão é mais poluente do que as outras alternativas. Em porcentagem de dióxido de carbono por unidade energia gerada, o carvão polui 66%, contra 43% do seu primo preto, o petróleo.
E o Brasil? Um país com enorme potencial de gerar energia hidráulica ainda discute a construção de Belo Monte. A não construção desta usina já gera um grande prejuízo, inclusive ambiental, já que o ritmo do desmatamento na Amazônia é acelerado, com ou sem hidrelétrica. Quem sabe não devêssemos usar mais carvão, ou energia nuclear?
Os problemas ambientais existem e devem ser divulgados. Mas existe uma falta de informação preocupante com relação à manutenção da matriz energética dos países. Será que China ou Estados Unidos estariam demorando tanto para construir uma hidrelétrica como o nosso país faz?
Concorda? Discorda? Tanto faz, o importante é debater o tema, e não apenas papagaiar o que dizem por aí. E cuidado, pois o carvão está voltando com tudo! Back in Black!

Fonte: Superinteressante – Edição 303 – Abril/2012 – Páginas 32-3

Leia neste blog, postagem sobre a construção de Belo Monte:
http://geopesca.blogspot.com.br/2012/06/um-belo-monte-de-bla-bla-bla.html

AC/DC - Back in Black