domingo, 23 de dezembro de 2012

A destruição do passado


Em tempos onde tudo parece que faz parte do presente, acho oportuno relembrar um dos maiores pensadores do nosso tempo. Infelizmente, uma certa revistinha semanal ligada com corruptos e com golpes, publicou uma crítica ácida contra este historiador. Mas eles também criticaram severamente o grande Oscar Niemayer. Fico muito preocupado quando as pessoas esquecem do passado recente, em nome do espetáculo midiático que tenta a todo custo recuperar seu posto de poder. Leia o que disse o grande Eric Hobsbawn:
“(...) Em 28 de Junho de 1992 o presidente Mitterrand da França, apareceu de forma súbita, não anunciada e inesperada em Sarajevo, que já era o centro de uma guerra balcânica que iria custar cerca de 150 mil vidas no decorrer daquele ano. Por que o presidente francês escolheu esta data? Porque esta era a data do aniversário do assassinato do herdeiro do império Austro-Húngaro, nesta mesma cidade em 1914. Mas quase ninguém captou a alusão. A memória histórica já não estava viva.
A destruição do passado, dos mecanismos sociais que vinculam nossas experiências com as das gerações passadas, é um dos fenômenos mais característicos dos tempos atuais. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem.
Em 1989 todos os governos do mundo ter-se-iam beneficiado de um seminário sobre os acordos de paz firmados após duas guerras mundiais, que a maioria deles aparentemente havia esquecido.(...)”
Eric Hobsbawn – Era dos Extremos, p. 12-3 - Adaptado
Engenheiros do Hawaii - Toda forma de poder

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

As estruturas e as formas de relevo


Montanhas, planaltos, planícies e depressões. Estes são os quatro principais tipos de relevo que moldam a face do nosso planeta. O interessante é que o relevo nem sempre teve a mesma configuração atual, pois é resultado de variações ocorridas na superfície terrestre ao longo de milhões de anos. Tais variações são produzidas por dois tipos de forças, as externas (exógenas) causadas pelo intemperismo – degradação de rochas – químico e/ou físico, e as internas (endógenas) causadas pelo vulcanismo e pelo tectonismo.
As planícies se estendem por todo o planeta, terras baixas próximas aos grandes rios, como acontece com a gigantesca planície da Amazônia. Os planaltos são elevações onde predominam os processos de erosão, enquanto nas planícies predomina o processo de acumulação de sedimentos. Portanto, não é a altitude que define exatamente o que é um planalto ou uma planície.
As montanhas são chamadas de dobramentos modernos. São causadas pelo choque das placas tectônicas. São relativamente jovens na história geológica do planeta, com pouco mais de sessenta milhões de anos. No Brasil, geológica e tecnicamente falando não existem montanhas. As depressões são superfícies localizadas em altitude inferior à das regiões próximas, o que caracteriza uma depressão relativa. Quando uma depressão está abaixo do nível médio do mar, ela é absoluta, como ocorre no Mar Morto no Oriente Médio, mais de quatrocentos metros abaixo do nível do mar.
Não se deve confundir as formas de relevo – montanhas, planaltos, planícies e depressões – com as estruturas de relevo. Estas são basicamente: escudos cristalinos (os terrenos mais antigos da crosta terrestre constituídos de rochas magmáticas), as bacias sedimentares (estruturas formadas entre duzentos e seiscentos milhões de anos por rochas sedimentares) e os dobramentos terciários (formações mais recentes do nosso planeta, como os Andes, os Alpes e o Himalaia).

Mais sobre Geografia física:
http://geopesca.blogspot.com.br/2012/10/o-que-e-frente-fria.html

"ela falava coisas sobre o PLANALTO central...."
Eduardo e Mônica - Legião Urbana