quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Rohingyas: Direitos humanos desrespeitados

Rohingyas: um povo sem direitos

Fonte: BBC Brasil

Apesar de terem vivido em Mianmar por gerações, o governo do país alega que eles (Rohingyas) são novos imigrantes, negando-lhes, portanto, cidadania. Cerca de 1 milhão de pessoas formam a minoria étnica, linguística e religiosa do povo rohingya, muçulmanos discriminados e perseguidos por décadas. 
Acredita-se que a repressão brutal contra eles provocou uma diáspora de pelo menos outros 1 milhão, em várias partes do mundo. Em maio de 2015, 500 rohingyas, a maioria mulheres e crianças, foram resgatados do mar no norte da Indonésia. Eles haviam optado por um caminho alternativo, em vez do mais comum: lançar-se selva adentro e atravessar a fronteira entre Mianmar e Tailândia. 
No país que os rohingyas chamam de lar, Mianmar (antiga Birmânia), eles são proibidos de se casar ou viajar sem a permissão das autoridades e não têm o direito de possuir terra ou propriedade. No exemplo mais recente de discriminação, autoridades regionais anunciaram recentemente que vão começar a implementar uma regra que proíbe os rohingya de ter mais de dois filhos. 
Os rohingya são cerca de 5% dos 60 milhões de habitantes de Mianmar. Nos últimos anos, após ter sido governado por uma junta militar por mais de meio século, a Birmânia está passando por uma transição para a democracia e melhorias sociais que muitos têm elogiado. Mas a situação não parece ter melhorado para os rohingyas. 
Em 2012, duas ondas de violência, uma em junho e a outra em outubro, orquestradas por grupos extremistas de maioria budista em Rakhine, deixaram cerca de 140 mortos, centenas de casas e edificações muçulmanas destruídas e 100 mil desabrigados. Autoridades e a polícia foram acusadas de não agir de modo a defendê-los.


Leia também sobre migrações:
http://geopesca.blogspot.com.br/2015/08/migracoes-no-leste-europeu.html

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Migrações no Leste europeu

Onda de migração cresce na Europa


A Europa não consegue conter a maior crise migratória desde a Segunda Guerra. Somente em julho, um número recorde de 50 mil pessoas, a maioria da Síria, chegaram às costas da Grécia de barco, vindas da Turquia. Os países do velho continente buscam, cada um a sua maneira, tentar conter a enxurrada de imigrantes que chega diariamente ao continente.
Alguns ameaçam usar a força bélica, como a Bulgária, que enviou ontem blindados a quatro postos de fronteira com a Macedônia. A República Tcheca cogita pedir ajuda à OTAN. Na semana passada, a Macedônia decretou estado de emergência na fronteira e enviou forças especiais da polícia, que entraram em choque com cerca de mil imigrantes. Mais de duas mil pessoas entraram na Macedônia através da fronteira em apenas 24 horas. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) estima que o número de pessoas que cruzarão a divisa nas próximas semanas chegue a três mil por dia. Fica claro que o controle de fronteiras não é a solução, mas o sistema comum de Schengen não foi feito para comportar tanta gente.
O fluxo de migrantes que chega à Grécia e transita pela Macedônia para chegar à Alemanha ou ao Reino Unido tem evitado passar pela Bulgária, pois o governo búlgaro enviou militares e veículos blindados aos postos fronteiriços. O país também construiu uma barreira de 30 quilômetros na fronteira com a Turquia. O governo húngaro classificou como humilhante a maneira como a Comissão Europeia reparte os fundos para a crise. E pediu mais dinheiro da União Europeia para lidar com a onda crescente de imigrantes que atravessam os Bálcãs. Autoridades húngaras também estão instalando uma barreira de arame farpado ao longo da fronteira com a Sérvia, enquanto equipes de construção completam uma cerca com mais de três metros de altura. Mais de cem mil imigrantes, refugiados de conflitos ou da miséria no Oriente Médio e na África, entraram no país, que faz parte do espaço Schengen, em direção aos países mais ricos da Europa Ocidental.


Fonte: Reuters Brasil

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Muros da discórdia

Os muros que ainda dividem a população

Por Felipe Amorim, Opera Mundi

Há 25 anos, caía na Alemanha o Muro de Berlim. Para muitos, o episódio sinalizava o início de uma nova era, de expansão da globalização e diminuição das fronteiras — simbólicas e reais. Um quarto de século após a queda deste ícone da Guerra Fria, ainda persiste, espalhada pelo mundo, uma série de fronteiras muradas construídas para separar povos.

CISJORDÂNIA-ISRAEL: O Muro da Cisjordânia — ou “Muro da Vergonha”, como é chamado pelos críticos da ocupação israelense — começou a ser construído em 2002, período da Segunda Intifada, e separa Israel do território palestino da Cisjordânia. Na época, foi dito que o intuito era impedir a entrada de palestinos para prevenir atos de terrorismo. Os que se opõem à barreira denunciam que o muro é uma ferramenta utilizada por Israel para, além de interditar as negociações de paz por estabelecer unilateralmente novas fronteiras, também anexar gradualmente porções do território palestino, muitas das quais passaram a abrigar assentamentos israelenses. Atualmente, a parede de concreto, ferro e arame farpado tem cerca de 440 quilômetros de extensão — se a construção da barreira for finalizada, cercando todo o território da Cisjordânia, o muro se estenderá para aproximadamente 700 quilômetros.

ESPANHA-MARROCOS: MUROS DE CEUTA E MELILLA: Ceuta e Melilla são o enclave espanhol na África e representam o resquício do colonialismo europeu no continente africano. Sob o domínio espanhol, as duas cidades fazem divisa com o Marrocos e estão muito próximas do Estreito de Gibraltar, pequeno intervalo oceânico que separa os dois continentes. Até os anos 1990, a divisão entre os territórios espanhol e marroquino era pouco perceptível, e o trânsito de pessoas de um local para o outro era comum. Com a institucionalização da União Europeia e a política de livre-circulação dos cidadãos europeus, a Espanha foi incentivada a apertar o cerco em suas zonas fronteiriças. Assim, foram erguidos os muros, que chegam, juntos, a 20 quilômetros de extensão, com o objetivo de impedir a imigração de africanos para a Europa.

EUA-MÉXICO: O muro construído pelos Estados Unidos na fronteira com o México é o símbolo da política anti-imigração norte-americana. Num esforço contra os chamados “coiotes”, responsáveis por atravessar clandestinamente pessoas pela fronteira, Washington começou estabeler barreiras físicas entre as cidades de El Paso e Ciudad Juárez, e também entre San Diego e Tijuana. Com os ataques de 11 de Setembro de 2001, os EUA apertaram ainda mais o cerco, temendo que terroristas pudessem entrar em território norte-americano via México.

GRÉCIA-TURQUIA: MURO DE EVROS: A fronteira entre a Turquia e a Grécia era tida pela UE como a “porta dos fundos” para a entrada de imigrantes na Europa. Por esse motivo, a Grécia, o país europeu mais afetado pela crise econômica de 2008 e alvo de severas medidas de austeridade, resolveu investir € 3,2 milhões (R$ 10,15 milhões) para erguer em 2012 um muro de mais de 10 quilômetros de extensão ao longo de um trecho da margem do rio Evros, fronteira natural que separa a o território europeu dos vizinhos turcos.

COREIA DO NORTE-COREIA DO SUL: Percorrida ao longo do Paralelo 38, a faixa de terra que divide a península coreana em dois países tem 250 quilômetros de comprimento. Após o armistício que interrompeu sem pôr fim formal à guerra entre os dois lados — símbolo do embate entre as duas superpotências durante a Guerra Fria: o norte comunista, e o sul capitalista —, a porção de território foi transformada em uma zona desmilitarizada. Ou seja, uma faixa “neutra” onde militares das duas Coreias podem transitar, mas sem cruzar a linha que demarca o território de cada um dos países.


quinta-feira, 26 de março de 2015

Laika, a primeira astronauta

Laika foi uma cadela russa que se tornou conhecida por ser o primeiro ser vivo terrestre a orbitar o planeta Terra. Ela foi lançada ao espaço a bordo da nave soviética Sputnik 2, em 3 de novembro de 1957, um mês depois do lançamento do satélite Sputnik 1, o primeiro objeto artificial a entrar em órbita. Laika é o nome russo para várias raças de cães similares ao husky, oriundas da Sibéria. Laika morreu entre cinco e sete horas depois do lançamento, bem antes do planejado. 
A causa de sua morte, que só foi revelada décadas depois do voo, foi, provavelmente, uma combinação de estresse sofrido e o superaquecimento, talvez ocasionado por uma falha no sistema de controle térmico da nave. Apesar do acidente, essa experiência demonstrou ser possível para um animal suportar as condições de microgravidade, abrindo caminho assim para participação humana em voos espaciais. Laika era uma cadela que vivia solta nas ruas de Moscou, pesava aproximadamente seis quilos e tinha três anos de idade quando foi capturada para o programa espacial soviético. Originalmente a chamaram Kudryavka (crespinha), depois Zhuchka (bichinho), e logo Limonchik (limãozinho), para finalmente chamá-la de Laika. Os cães capturados eram mantidos num centro de investigação nesta cidade, e três deles foram avaliados e treinados para as demandas da missão: Laika, Albina e Mushka.
Em 31 de outubro de 1957, três dias antes do lançamento, Laika foi colocada no Sputnik 2, no cosmódromo de Baikonur, no atual Cazaquistão. Todo mundo acreditava que o animal levava alimento suficiente e sua condição era estável, pelo que muitas pessoas estiveram esperando o regresso de Laika. Algumas pessoas aproveitaram para fazer brincadeiras: durante várias horas, a população de Santiago do Chile esteve convencida de que Laika havia caído na cidade. Os habitantes da zona suburbana viram descer um cão de paraquedas, e eles se convenceram naquele momento de que se tratava de Laika. Quando o animal chegou em terra, se comprovou que na realidade se tratava de um cão macho, e a montagem não era mais que uma brincadeira para aproveitar-se da neurose coletiva das "cadelas voadoras". 
O Sputnik 2 não estava preparado para regressar à Terra de forma segura, pelo que já se sabia que Laika não sobreviveria à viagem. Os cientistas soviéticos planejaram dar-lhe comida envenenada, que Laika consumiria depois de dez dias. No entanto, isso não ocorreu como planejado. Durante anos, a União Soviética deu explicações contraditórias sobre a morte de Laika, dizendo às vezes que a cadela havia morrido por asfixia quando as baterias falharam, ou que haviam feito eutanásia conforme os planos originais. Em 1999 fontes russas asseguraram que Laika sobreviveu pelo menos quatro dias, e depois pereceu por causa do superaquecimento da nave. 
Em outubro de 2002, o cientista Dimitri Malashenkov, que participou no lançamento do Sputnik 2, revelou que Laika havia morrido entre cinco e sete horas depois da decolagem, devido ao estresse e superaquecimento. Ele declarou, num artigo que apresentou no Congresso Mundial do Espaço em Houston: "Foi praticamente impossível criar um controle de temperatura confiável em tão pouco tempo". O Sputnik 2 finalmente explodiu (junto com os restos de Laika) ao entrar em contato com a atmosfera, em 14 de abril de 1958, após 163 dias e 2570 órbitas em volta da Terra.
Fonte: Wikipedia

sábado, 30 de agosto de 2014

O mito da democracia racial no Brasil

O mito da democracia racial no Brasil

por Joseh Silva  publicado 29/08/2014 14:06
É falso afirmar que o Brasil não é um país racista. Viver nesta afirmação não se trata somente de “tapar o Sol com a peneira”, mas de continuar permitindo um quadro social que favorece uma população de elite e branca, ou, pelo menos, de pessoas que se identificam com isso.
Não é necessário nem citar dados para concluir que o racismo está estampado em nossa bandeira: basta ver a situação dos negros a revelar que o racismo é institucional e estruturante da nossa sociedade. A partir disso, não podemos usar uma pontualidade como fato principal. Apesar de gravíssima, a atitude da torcedora do Grêmio, que foi flagrada pelas câmeras de tevê chamando o jogador Aranha, goleiro do Santos, de macaco, que deve ser responsabilizada, nada mais é do que um efeito colateral.
Negros são maioria no país e, em disparada, a maior população carcerária. São vítimas de um genocídio perene e banalizado. Vivem em favelas e periferias em condições subumanas. O acesso ao serviço público é ruim. Diariamente, são agredidos pelo Estado de farda e por uma mídia fascista.
Negros e negras sofrem com ataques racistas há gerações. Já passou do momento de acontecer, no mínimo, uma reparação integral. A estigmatização é uma arma muito poderosa, pois fortalece o preconceito, baixa a auto-estima de um povo e minimiza os efeitos de uma diáspora.
O racismo é uma prática institucional exposta nesta pátria amada. A primeira cena que presenciei foi ainda muito cedo, acredito que tinha por volta de 12 anos. Eu, meu irmão e um amigo. Saímos de casa com trajes para uma partida de futebol na quadra de uma escola. Para chegar até lá, tínhamos de ir até a outra ponta da favela. No meio do caminho, nos deparamos com quatro policias que apontavam suas armas em direção a cada beco e viela.
Quando eles nos viram, falaram baixinho para pararmos. Assutados, congelamos. Um policial pediu para meu irmão e eu, que temos o tom de pele mais claro, sairmos e seguraram nosso amigo, que foi agredido física e verbalmente.
Esse tipo de prática seletiva acontece todos os dias dentro das favelas, e o País segue na farsa do “ninguém sabe, ninguém viu”. Mesmo com casos explícitos que tomam o cenário nacional, como Cláudia Ferreira, mulher negra, pobre e moradora do subúrbio do Rio, que depois de baleada, foi arrastada por uma viatura da Policia Militar, num ano de Copa do Mundo, momento em que o País é vitrine e as forças amardas mandam um recado para a população negra e pobre. Cena que remete à captura de um escravo por capitães do mato.
Enquanto os efeitos colaterais do racismos institucional aumentam, práticas que transgridem leis e violam direitos humanos parecem não causar indignação e colocam em questão a atuação da justiça quando se trata de negro e pobre. Racistas não prendem racistas a não ser para salvar o próprio racismo.

Link da reportagem:

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Terrorismo na Nigéria - Boko Haram


As ações do grupo Boko Haram na Nigéria

Por Karine V. C. do Vale*

Boko Haram, grupo fundamentalista islâmico, atua desde 2002 no norte da Nigéria utilizando de métodos terroristas. Sua ideologia condena o ensino ocidental às mulheres, que segundo a sua concepção devem ser apenas servas. Seus ataques ocorrem em grande parte no sul do país onde a maioria é cristã e ensina as mulheres o oposto de seus ideais.
As ações horrendas do grupo só têm sido mostradas pela mídia neste ano, porém, desde 2009 empreendem uma forte campanha de ataques armados, atentados e sequestros. Em 2011 os ataques se intensificaram em várias cidades sendo utilizadas bombas em igrejas que realizavam missas após o natal. Em 2013, vestidos de militares interromperam o tráfego e ordenaram a saída dos veículos assassinando várias pessoas. Nove dias depois atacaram uma universidade e mataram cerca de 50 pessoas.
No ano de 2014 ataques ocorreram sucessivamente e em massa. Em janeiro dispararam contra uma vila e contra uma igreja. Em fevereiro atearam fogo a uma escola com todos que estavam no local. Em março atacaram uma aldeia, incendiaram e atiraram nos fugitivos. Em abril o sequestro de 276 meninas estudantes que seriam vendidas como esposas gerou manifestações contra o governo que se mostrou incapaz de responder às ações, ainda de acordo com o G1 boa parte das sequestradas foram expostas a abusos a todos do grupo. Atos como esses se repetem todos os dias sendo calados e ocultados.

Aluna do 9º Ano do Ensino Fundamental do Col. Est. Prof.ª. Iara Bergmann
Pesquisa desenvolvida nos site da BBC/G1/Veja/GNews/Wikipedia

Leia neste blog:
A culpa pelo fracasso na educação!
Nunca discorde de um revoltado na Internet
http://geopesca.blogspot.com.br/2014/08/geografia-virtual-e-sociedade.html

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Opep - Países exportadores de Petróleo


A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) foi criada na Conferência de Bagdá no dia 14 de setembro de 1960. É uma organização intergovernamental permanente, objetivando administrar de forma centralizada a política petroleira dos países membros. A sede da Organização dos Países Exportadores de Petróleo entre 1960-1965 foi em Genebra, na Suíça, no entanto, foi transferida para Viena, na Áustria, em 1º de Setembro de 1965. 

Os primeiros países membros da Opep foram: Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela. Posteriormente outros países integraram a Opep: Catar (1961); Indonésia (1962) - que suspendeu a sua adesão em janeiro de 2009, Líbia (1962), Emirados Árabes Unidos (1967), Argélia (1969), Nigéria (1971), Equador (1973) - que suspendeu a sua adesão de dezembro de 1992 a Outubro de 2007, Angola (2007) e Gabão (1975-1994).

A Opep atua como cartel dos principais exportadores de petróleo, controlando o volume de produção, com o objetivo de alcançar os melhores preços no mercado mundial. É responsável por desenvolver estratégias geopolíticas na produção e exportação do petróleo, além de controlar os valores nas vendas do produto.

Atualmente, os países membros da OPEP possuem aproximadamente 75% das reservas mundiais de petróleo, sendo responsável pelo abastecimento de 40% do mercado mundial.

A formação da Opep promove a valorização do petróleo, proporcionando maior lucratividade para os países membros. Esse fato ocorre em razão da manipulação da produção, pois são estabelecidas cotas de produção, diminuindo a oferta, consequentemente, há a elevação dos preços.

Com a descoberta da camada pré-sal no Brasil, a produção de petróleo poderá triplicar. Caso sejam confirmadas essas estimativas, o país estudará uma possível solicitação de participação na Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola