terça-feira, 23 de outubro de 2012

O que é Frente Fria?

Frente Fria

Uma frente fria é o limite que divide duas massas de ar, uma quente, que perde força, dando lugar a uma fria que avança. Este é um fenômeno natural da atmosfera que influencia diretamente as mudanças do tempo e ajudam a caracterizar o clima de uma região.
No sul do Brasil, por exemplo, as massas de ar frio são carregadas de umidade, já que se formam no sul do Oceano Atlântico. A passagem de uma frente fria, portanto, é marcada por chuvas. Este tipo de chuva é chamado de frontal. O sudeste também recebe uma grande quantidade de frentes frias durante o ano, sendo que, em alguns casos, surgem as geadas.
Com o avanço, as frentes perdem sua força, ou seja, a velocidade dos ventos, e vai, digamos, soltando sua umidade sobre as regiões Sul e Sudeste. Isso explica, em parte, porque é difícil uma frente fria originada no extremo sul do continente atingir o Nordeste.
Hoje, a meteorologia prevê com cerca de cinco a seis dias de antecedência a chegada de uma frente fria. Mas observe que o serviço é chamado de previsão do tempo, e não profecia do tempo. A atmosfera não é uma ciência exata.
CCR - Have You Ever Seen The Rain

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Primavera Árabe



Denominou-se de primavera árabe, os protestos populares nos países de maioria étnica árabe e de religião muçulmana.
O mundo árabe, termo genérico que define os países do oriente médio e no norte do continente africano que tem população majoritariamente árabe, entrou em ebulição a partir do início de 2011.
Mas a empolgação logo deu lugar à repressão. Enquanto a coisa explodiu na Tunísia, país historicamente mais liberal, ou no Iêmen, o mais pobre do mundo árabe, tudo bem. Quando chegou à Líbia, êxtase total por parte dos países ocidentais, já que havia a real possibilidade de controlar as reservas de petróleo nas mãos do excêntrico ditador Kadafi.
Mas daí, a coisa fedeu pros lados do Egito. E o que tem o Egito? Bem, o Egito é o coração do mundo árabe. País de localização geográfica bastante estratégica, controlador do Canal de Suez, e que desde 1979 reconhece o Estado Judeu de Israel, o que o elevou ao status de “amigo” dos EUA.
Quando a ditadura de Mubarak entrou em colapso, isso preocupou e muito EUA e Israel, já que os acordos internacionais firmados pelo ditador egípcio podem ir por água abaixo. Os militares ainda não entregaram plenamente o poder aos islamitas que venceram as eleições no Egito. O medo é que minorias, como a dos cristãos, comecem a ser perseguidas, caso o novo governo resolva instituir um governo teocrático nos moldes de Arábia Saudita e Irã.
Para as potências ocidentais, no entanto, esta questão é secundária. O problema para eles é político e econômico. Houve protestos populares no Barein e na Arábia Saudita, porém, seus governos sufocaram (para não dizer que dizimaram) os protestantes. Na Arábia Saudita e no Barein pode. No Egito podia, mas Mubarak não resistiu. Agora no Irã e na Síria os protestos não podem ser reprimidos. A ONU fica doidinha para intervir. O problema, portanto não é a democracia, mas sim, manter o suprimento de petróleo, bem como apoiar a presença militar americana na região.
O que se percebe é que a Primavera Árabe já esfriou. Começou quente, mas assim que caiu o ditador egípcio amigo dos americanos e israelenses, os olhos “protetores” do Conselho de Segurança da ONU se voltaram para este barril de pólvora que é o Oriente Médio.

OBS: Apesar de citado no texto, o Irã não faz parte do mundo árabe, já que sua população é de origem persa. Porém, o país faz parte do que chamamos de Oriente Médio.

“Estamos todos vivendo sob o mesmo céu,
Estamos todos olhando para as mesmas estrelas
Vivemos sob o mesmo sol, sob a mesma lua,
Então por que não podemos viver unidos?”
Mark Hudson , Klaus Meine , Bruce Fairbairn

Veja neste blog:
Conselho de Segurança da ONU
Definição do que é um país

Conselho de Segurança da ONU



O CS (Conselho de Segurança da ONU) trata de assuntos referentes à segurança mundial. Bem, pelo menos este é o discurso oficial, já que os interesses de cinco potências são levados em consideração nesta assembléia, em detrimento da paz mundial, se preciso for.
São 15 membros, 10 deles com mandatos rotativos de dois anos. Os outros cinco são membros permanentes. Os “vencedores”, digamos assim, da Segunda Grande Guerra são os que dão as cartas no CS: Estados Unidos, Reino Unido, França, e Rússia (herdeira da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). O quinto membro foi aceito em 1972, a saber, a China.
O que os cinco membros permanentes têm como trunfo é o famoso poder de veto. Todas as resoluções para serem aprovadas precisam de aprovação de nove dos quinze membros. Porém, se um dos cinco intocáveis vetarem a proposta, ela vai para a “gaveta”.
Recentemente os americanos (detesto o termo “estadunidenses”) avisaram que vetariam qualquer proposta sobre o reconhecimento de um Estado Palestino, solicitado em 2012. Da mesma forma, uma possível entrada da ONU no conflito civil sírio, foi vetada por China e pela parceira da Síria, a Rússia.
Um caso de crise do CS ocorreu em 2003: a invasão do Iraque foi vetada por França, Rússia e China, mas os americanos invadiram mesmo assim, desrespeitando as regras. Houve tentativa de punir os EUA, mas tal punição foi vetada por Inglaterra e França. Desta vez o veto foi respeitado.
A França vetou a invasão e depois vetou a punição contra os EUA. Prova do jogo político de interesses dessas nações. Prova também, a indiscutível liderança dos Estados Unidos da América.
Segurança mundial? Só se ela ameaçar de alguma forma as pretensões políticas ou econômicas dos gigantes. Coisas da não tão Nova Ordem Mundial.

Quando eu me tornei o sol
Eu iluminei a vida nos corações dos homens"
(SYSTEM OF A DOWN)

System Of a Down - Toxicity