terça-feira, 12 de agosto de 2014

Terrorismo na Nigéria - Boko Haram


As ações do grupo Boko Haram na Nigéria

Por Karine V. C. do Vale*

Boko Haram, grupo fundamentalista islâmico, atua desde 2002 no norte da Nigéria utilizando de métodos terroristas. Sua ideologia condena o ensino ocidental às mulheres, que segundo a sua concepção devem ser apenas servas. Seus ataques ocorrem em grande parte no sul do país onde a maioria é cristã e ensina as mulheres o oposto de seus ideais.
As ações horrendas do grupo só têm sido mostradas pela mídia neste ano, porém, desde 2009 empreendem uma forte campanha de ataques armados, atentados e sequestros. Em 2011 os ataques se intensificaram em várias cidades sendo utilizadas bombas em igrejas que realizavam missas após o natal. Em 2013, vestidos de militares interromperam o tráfego e ordenaram a saída dos veículos assassinando várias pessoas. Nove dias depois atacaram uma universidade e mataram cerca de 50 pessoas.
No ano de 2014 ataques ocorreram sucessivamente e em massa. Em janeiro dispararam contra uma vila e contra uma igreja. Em fevereiro atearam fogo a uma escola com todos que estavam no local. Em março atacaram uma aldeia, incendiaram e atiraram nos fugitivos. Em abril o sequestro de 276 meninas estudantes que seriam vendidas como esposas gerou manifestações contra o governo que se mostrou incapaz de responder às ações, ainda de acordo com o G1 boa parte das sequestradas foram expostas a abusos a todos do grupo. Atos como esses se repetem todos os dias sendo calados e ocultados.

Aluna do 9º Ano do Ensino Fundamental do Col. Est. Prof.ª. Iara Bergmann
Pesquisa desenvolvida nos site da BBC/G1/Veja/GNews/Wikipedia

Leia neste blog:
A culpa pelo fracasso na educação!
Nunca discorde de um revoltado na Internet
http://geopesca.blogspot.com.br/2014/08/geografia-virtual-e-sociedade.html

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Opep - Países exportadores de Petróleo


A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) foi criada na Conferência de Bagdá no dia 14 de setembro de 1960. É uma organização intergovernamental permanente, objetivando administrar de forma centralizada a política petroleira dos países membros. A sede da Organização dos Países Exportadores de Petróleo entre 1960-1965 foi em Genebra, na Suíça, no entanto, foi transferida para Viena, na Áustria, em 1º de Setembro de 1965. 

Os primeiros países membros da Opep foram: Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela. Posteriormente outros países integraram a Opep: Catar (1961); Indonésia (1962) - que suspendeu a sua adesão em janeiro de 2009, Líbia (1962), Emirados Árabes Unidos (1967), Argélia (1969), Nigéria (1971), Equador (1973) - que suspendeu a sua adesão de dezembro de 1992 a Outubro de 2007, Angola (2007) e Gabão (1975-1994).

A Opep atua como cartel dos principais exportadores de petróleo, controlando o volume de produção, com o objetivo de alcançar os melhores preços no mercado mundial. É responsável por desenvolver estratégias geopolíticas na produção e exportação do petróleo, além de controlar os valores nas vendas do produto.

Atualmente, os países membros da OPEP possuem aproximadamente 75% das reservas mundiais de petróleo, sendo responsável pelo abastecimento de 40% do mercado mundial.

A formação da Opep promove a valorização do petróleo, proporcionando maior lucratividade para os países membros. Esse fato ocorre em razão da manipulação da produção, pois são estabelecidas cotas de produção, diminuindo a oferta, consequentemente, há a elevação dos preços.

Com a descoberta da camada pré-sal no Brasil, a produção de petróleo poderá triplicar. Caso sejam confirmadas essas estimativas, o país estudará uma possível solicitação de participação na Organização dos Países Exportadores de Petróleo.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola


terça-feira, 1 de abril de 2014

Coreia do Norte

COMO ENTENDER PYONGYANG?

Desenvolver a economia e o Exército, esse é o objetivo oficial de Kim Jong-un, no comando da República Democrática Popular da Coreia desde dezembro de 2011. Por ora, ele multiplica provocações, enquanto manobras militares de Seul e Washington na costa norte-coreana atiçam as tensões

Mais uma vez, a República Democrática Popular da Coreia (RDPC) deixa o resto do mundo sem fôlego: onda de ameaças – ataques nucleares aos Estados Unidos, rejeição do armistício de 1953, uma inevitável “Segunda Guerra da Coreia” – e baterias de mísseis apontados para o Japão e para a base norte-americana de Guam. Desde meados de março, a propaganda norte-coreana intensificou-se, e os meios de comunicação internacionais, ao difundir com complacência esses arroubos belicosos sem medir quais são realmente as ameaças verossímeis, propiciaram que essa propaganda ecoasse de forma desmedida, para a grande satisfação da capital Pyongyang.

Depois da frequente confrontação de George W. Bush, os Estados Unidos voltaram a apostar em uma estratégia mais contida com Barack Obama. Mas é necessário reconhecer o fracasso dessa política, assim como a do presidente sul-coreano Lee Myung-bak, que até fevereiro pensava exercer algum poder sobre Pyongyang. A situação tornou-se infinitamente mais complexa do que há quinze anos.
Sem dúvida, os objetivos da Coreia do Norte não são os mesmos de 1998, quando lançou um míssil equipado com satélite (mesma tecnologia de um míssil de longo alcance) contra o Japão, que caiu no Pacífico. A administração Clinton recuou com sua política e, em outubro de 2000, a secretária de Estado Madeleine Albright visitou Pyongyang. Na ocasião, chegou-se a cogitar uma visita do próprio presidente. Contudo, Bush varreu as iniciativas de seu predecessor.
Desde então, a RDPC realizou três testes atômicos, em 2006, 2009 e 2013, e se proclama uma potência nuclear. Dispõe de estoques de plutônio e de um programa de enriquecimento de urânio de capacidades balísticas. Na reunião do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, em 31 de março, Kim Jong-un precisou: “As armas nucleares não são uma moeda de troca para obter dólares. A RDPC não renunciará jamais [ao desenvolvimento de tais armas] enquanto persistir a ameaça nuclear dos imperialistas”. Assim, Pyongyang elevou a barreira para futuras negociações.
Aos 30 anos, Kim Jong-un, segundo herdeiro do clã dos Kim, levado à liderança do regime após a morte de seu pai, Kim Jong-il, em dezembro de 2011, parecia conferir uma imagem mais amena ao país – que mantém cerca de 200 mil prisioneiros em campos de trabalho, segundo organizações humanitárias. Um ano após ter ganhado plenos poderes (primeiro secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, primeiro presidente da Comissão Nacional de Defesa, marechal e comandante-chefe do Exército Popular), no entanto, ele desencadeou uma ofensiva de rara virulência, com o lançamento de um satélite em dezembro e um teste nuclear em fevereiro, ambos condenados pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
Jong-un estudou durante cinco anos em um liceu na Suíça e por essa experiência no exterior sem dúvida se tornou mais consciente do que a velha geração sobre a necessidade de reformas. Contudo, permanece fiel à via traçada desde a década de 1990: “um país forte e próspero”, fórmula que busca conciliar desenvolvimento e força militar. Com algumas nuances lexicais, a mesma fórmula foi, no século XIX, a ambição do Japão na era Meiji (“país rico, Exército forte”) perante a ameaça estrangeira. Na Coreia do Norte, os dois objetivos são dificilmente conciliáveis: a “prosperidade” supõe reformas, mas em particular a abertura e o auxílio estrangeiro, sob a forma de assistência tecnológica e investimentos. Os Estados Unidos e seus aliados, nesse contexto, se recusam a cooperar com Pyongyang enquanto a capital representar uma ameaça.
Ao tomar a linha de frente, o regime norte-coreano abalou o status quo: colocou em discussão a “paciência estratégica” de Washington, reforçou as sanções internacionais que estrangulam o país e agudizou seu isolamento até em relação à China, que, apesar de ajudar o país economicamente, engrossa o coro das condenações internacionais. Ao desafiar os Estados Unidos e seus aliados, o terceiro teste nuclear representa também uma afirmação de soberania com relação a Pequim.
Ao dispor de uma força de dissuasão, a RDPC se considera protegida de um ataque nuclear – ameaça de Washington pelo menos em cinco ocasiões. Dessa forma, o governo passou a justificar seu regime e os sacrifícios pela necessidade de tornar o país invulnerável e garantir a independência como um objetivo sagrado, e por isso tem amplo respaldo da população. Portanto, uma renúncia a essa arma – única conquista da era Kim Jong-il – parece improvável.
A obstinação da RDPC em se fazer reconhecer como potência nuclear pelo resto do mundo e sua aparente recusa diante de qualquer transição pós-totalitária se baseiam em um nacionalismo exacerbado. Esse aspecto do país se inscreve menos na história da bipolaridade – que desapareceu com o desmoronamento do bloco soviético – do que na do pós-colonialismo.
Na Europa, a Guerra Fria foi, na realidade, uma época de paz. Na Ásia, na península coreana e no Vietnã, foi um período de enfrentamentos armados vividos como prolongamentos das guerras de libertação. Na RDPC, a propaganda reaviva a memória sublimada da “gloriosa luta” dos partidários reunidos atrás de Kim Il-sung contra a ocupação japonesa – fundamento da legitimidade do regime − e localiza sistematicamente a situação atual no contexto da luta contra o imperialismo.
Após o fim da URSS, os temas recorrentes do pós-colonialismo – independência, soberania nacional, solicitações de reconhecimento – ressurgiram com força, acentuando no seio da população uma mentalidade de país permanentemente invadido. Ao fazer a Coreia do Norte figurar no considerado “eixo do mal”, e em seguida atacando o Iraque, Bush reforçou esse sentimento de ameaça. Atual potência nuclear, a RDPC jamais terá o mesmo destino do Iraque, martela a propaganda.
De qualquer forma, a situação geopolítica é diferente: a proximidade do país com a China impossibilita uma intervenção militar. Pequim, de fato, pretende evitar qualquer instabilidade que possa levar a uma reunificação da península “à força”, sob o comando do Sul, com o apoio das Forças Armadas norte-americanas em sua fronteira. Em caso de guerra, a RDPC certamente perderá, mas não sem causar terríveis estragos ao Sul, sem mencionar ao Japão. E, nesse caos, o que aconteceria com as armas nucleares ou os estoques de plutônio dos quais dispõe? Esse risco deveria ser suficiente para incitar outra forma de abordagem do problema que recorrer a sanções e boicotes.

Philippe Pons.
1 de maio de 2013
Le Monde Diplomatique. Disponível em: <http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1408>

domingo, 9 de fevereiro de 2014

A banalização da questão ambiental


A MÍDIA EM TEMPOS QUENTES

Por Murilo Alves Pereira


            Manchetes sensacionalistas sobre o aquecimento global chamam a atenção das pessoas para o tema, mas provocam arrepio na comunidade científica. “O catastrofismo feito pela mídia é preocupante, pois tira a esperança das pessoas. Para que vão se preocupar em fazer algo se o futuro já é incerto?”, disse José Antonio Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
            O meteorologista foi um dos debatedores da conferência “Mudanças Climáticas” durante o 2º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, realizado na semana passada, em Porto Alegre.
            Segundo Marengo, a cobertura da imprensa brasileira sobre o aquecimento global tem ocorrido de forma cíclica, nos últimos tempos acompanhando especialmente a divulgação dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês) – que dividiu com o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore o Prêmio Nobel da Paz de 2007.
            “As reportagens vêm em pulsos. Quando houve o furacão Katrina foram três dias falando sobre isso, depois parou”, disse à Agência FAPESP, sugerindo que a imprensa mantenha um fluxo contínuo de informações sobre o tema.
            O pesquisador criticou a forma como alguns veículos de comunicação chamaram a atenção para o aquecimento global, apelando para imagens como a de um urso polar perdido em um pequeno bloco de gelo. “O Brasil, por exemplo, tem outras representações para os dilemas tropicais, como as hipóteses da ‘savanização’ da Amazônia ou da desertificação do semi-árido nordestino”, afirmou.
            Os equívocos conceituais de muitas matérias também foram alvos de críticas. Segundo o glaciólogo Jefferson Cárdia Simões, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a mídia confunde termos distintos como aquecimento global, mudanças climáticas, efeito estufa e camada de ozônio.
            “Ainda leio na imprensa que o derretimento da calota polar vai aumentar o nível no mar”, disse. Segundo ele, a mídia não distingue diferenças entre o gelo da Antártica e do Ártico – o 'manto de gelo’, formado pelo acúmulo da neve precipitada no continente antártico é diferente do mar congelado comum ao ártico.
            O aumento do nível do mar só ocorreria se as grandes geleiras da Antártica e da Groenlândia derretessem, mas o gelo marítimo do pólo Norte não contribui para isso. “É um conceito simples de física. Pelo princípio de Arquimedes, o gelo em suspensão no líquido, se derreter, não elevará o nível da água”, destacou.
            Por outro lado, a Antártica representa apenas 0,08% do gelo que está derretendo no mundo – a maior parte da perda de gelo ocorre no topo das montanhas. “A visão que impera é que o derretimento das calotas polares vai elevar o nível do mar. Os números são absurdos e chegam a 70 metros, que representa a elevação do nível se todo o gelo do mundo derretesse, mas isso jamais ocorreu na história da Terra”, disse.
            Para Simões, falta aos jornalistas conhecimento sobre como ocorre o “fazer científico”. A imprensa também não diferenciaria publicações avaliadas por pares daquelas que representam “opiniões pessoais”. “É preciso pesar as fontes quando for dado espaço para esse ou aquele cientista”, afirmou.
            Mas a ciência não é perfeita e nem pode ser apresentada como tal, apontou o glaciólogo em tom de mea-culpa. “O IPCC faz previsões e é arriscado tratá-las como verdades absolutas. Se essas previsões não ocorrerem, o público pode deixar de acreditar na ciência”, disse.
O outro lado
            De acordo com os presentes na conferência na capital gaúcha, a comunidade científica entende quais são as dificuldades da imprensa nas matérias sobre o aquecimento global. Segundo o jornalista Ulisses Almeida Nenê, do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, os pesquisadores deveriam usar sua experiência de modo a facilitar a comunicação com a imprensa, utilizando uma linguagem mais acessível.
            “Os cientistas se preocupam com a própria pesquisa, mas não pensam em como ajudar a imprensa na divulgação desses estudos”, disse. Surge, então, um grande desafio para os jornalistas: despertar o interesse na população sobre questões ambientais e divulgar as pesquisas com precisão.
            Segundo Almeida Nenê, a saturação de matérias sobre o aquecimento global na imprensa nos últimos meses pode provocar a banalização do tema, como ocorreu com a questão da violência. Para justificar a continuidade do tema na mídia, é preciso buscar aspectos voltados à realidade local ou a pesquisas específicas e ainda não cobertas pela mídia.
            “Hoje, o interesse pela questão ambiental tem muito fogo de palha. Há pouco compromisso dos atores. As empresas de mídia deveriam se engajar de verdade”, disse. Para ele, a união entre jornalistas e cientistas melhoraria a comunicação da ciência na mídia.

Murilo Alves Pereira
Porto Alegre

Agência FAPESP, 16 de outubro de 2007


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Expectativa de Vida

Segundo o IBGE, expectativa de vida do brasileiro sobe para 74,6 anos

A expectativa de vida ao nascer no Brasil chegou a 74,6 anos em 2012, segundo dados divulgados hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil de 2012, entre 2011 e 2012, os brasileiros tiveram ganho de cinco meses e 12 dias na expectativa de vida ao nascer. O número passou de 74,1 anos em 2011 para 74,6 anos no ano seguinte.
As mulheres tiveram maior ganho: seis meses e 25 dias, chegando a 78,3 anos em 2012. Já a expectativa entre os homens subiu quatro meses e 10 dias, alcançando 71 anos.
Em uma análise retrospectiva, os dados mostram que na comparação com 1980, a população brasileira teve ganho médio de 12,1 anos já que, à época, a esperança de vida era 62,5. Duas décadas depois, em 2000, os números mostram ganho de quatro anos e dois meses. Segundo o pesquisador do IBGE Fernando Albuquerque a tendência é que a expectativa de vida continue a crescer.
“Os índices de mortalidade da população brasileira ainda são distantes de países mais desenvolvidos. Por isso, ainda vamos continuar aumentando a expectativa de vida. O Brasil ainda tem ‘gordura’ para queimar em termos de mortalidade. Além disso, a expectativa é que, com programas governamentais e não governamentais de melhoria do saneamento, transferência de renda e acesso a medicamentos, a mortalidade continue a cair”, disse.
A variação da expectativa de vida muda conforme a faixa etária do brasileiro. Para um brasileiro de 40 anos, por exemplo, a estimativa é que ele viva até os 78,3 anos. Para pessoas acima de 80 anos, a expectativa é que elas vivam nove anos e um mês a mais. A tábua completa com dados da mortalidade no Brasil foi publicada no Diário Oficial de hoje.
Fonte: Blog do Esmael (www.esmaelmorais.com.br


sábado, 23 de novembro de 2013

O meio técnico-científico-informacional


Uma teoria do Brasil
Por Raquel Aguiar

“O meio técnico-científico-informacional surge na década de 1970 a se concentra nas áreas privilegiadas no período anterior, o que acentua as desigualdades territoriais. Assim, surgem áreas de globalização absoluta e relativa, o que gera espaços que mandam e espaços que obedecem.
Atualmente a informação fundamenta e orienta o trabalho e orienta sua divisão global e local. No nordeste a rede fundiária concentrada impõe às novas técnicas informacionais. O Centro-Oeste e a Amazônia, como não possuíam o meio técnico tradicional do período anterior, estão abertos para as novas técnicas. Na Região Concentrada (Sul-Sudeste) houve simplesmente a agregação das inovações técnicas, em paralelo a uma crise da indústria.
A globalização é o momento da ocupação do território brasileiro que mais acentuou as desigualdades sociais e as diferenças regionais brasileiras. A concentração do meio técnico-científico-informacioanal dificulta o acesso a bens e serviços e gera vazios de consumo representados pela pobreza, sobretudo urbana, que reúne todo o conteúdo explosivo do território hoje.”


Ciência Hoje – RJ – (Dez-2001) – Uma teoria do Brasil: última obra de Milton Santos sintetiza a realidade nacional diante da globalização.

domingo, 17 de novembro de 2013

A Geografia Quantitativa

A Geografia Quantitativa
A Geografia Quantitativa ou Pragmática influenciou sobre a educação brasileira nas décadas de 1970 e 1980. No Brasil desenvolveu-se sob a denominação de Geografia Teorética, caracterizada principalmente pelo uso de técnicas estatísticas e matemáticas e modelos de representação no trato dos temas geográficos.
As críticas a essa Geografia basearam-se no exagero da quantificação e na maior importância dada às técnicas em detrimento dos fins a serem atingidos, destacando-se a grande preocupação com as técnicas de planejamento. Dessa forma, a Geografia ficava alheia, por exemplo, aos problemas sociais e à agressão ao meio ambiente.
A corrente quantitativa da Geografia foi uma espécie de “renovação conservadora”. Alguns autores definem essa fase como uma passagem do positivismo clássico para uma espécie de neopositivismo.