Uma frente fria é o limite que
divide duas massas de ar, uma quente, que perde força, dando lugar a uma fria
que avança. Este é um fenômeno natural da atmosfera que influencia diretamente
as mudanças do tempo e ajudam a caracterizar o clima de uma região.
No sul do Brasil, por exemplo, as
massas de ar frio são carregadas de umidade, já que se formam no sul do Oceano
Atlântico. A passagem de uma frente fria, portanto, é marcada por chuvas. Este tipo
de chuva é chamado de frontal. O sudeste também recebe uma grande quantidade de
frentes frias durante o ano, sendo que, em alguns casos, surgem as geadas.
Com o avanço, as frentes perdem
sua força, ou seja, a velocidade dos ventos, e vai, digamos, soltando sua
umidade sobre as regiões Sul e Sudeste. Isso explica, em parte, porque é difícil
uma frente fria originada no extremo sul do continente atingir o Nordeste.
Hoje, a meteorologia prevê com
cerca de cinco a seis dias de antecedência a chegada de uma frente fria. Mas observe
que o serviço é chamado de previsão do tempo, e não profecia do tempo. A
atmosfera não é uma ciência exata.
Denominou-se de primavera árabe,
os protestos populares nos países de maioria étnica árabe e de religião
muçulmana.
O mundo árabe, termo genérico que
define os países do oriente médio e no norte do continente africano que tem
população majoritariamente árabe, entrou em ebulição a partir do início de
2011.
Mas a empolgação logo deu lugar à
repressão. Enquanto a coisa explodiu na Tunísia, país historicamente mais
liberal, ou no Iêmen, o mais pobre do mundo árabe, tudo bem. Quando chegou à
Líbia, êxtase total por parte dos países ocidentais, já que havia a real
possibilidade de controlar as reservas de petróleo nas mãos do excêntrico
ditador Kadafi.
Mas daí, a coisa fedeu pros lados
do Egito. E o que tem o Egito? Bem, o Egito é o coração do mundo árabe. País de
localização geográfica bastante estratégica, controlador do Canal de Suez, e
que desde 1979 reconhece o Estado Judeu de Israel, o que o elevou ao status de
“amigo” dos EUA.
Quando a ditadura de Mubarak
entrou em colapso, isso preocupou e muito EUA e Israel, já que os acordos
internacionais firmados pelo ditador egípcio podem ir por água abaixo. Os
militares ainda não entregaram plenamente o poder aos islamitas que venceram as
eleições no Egito. O medo é que minorias, como a dos cristãos, comecem a ser
perseguidas, caso o novo governo resolva instituir um governo teocrático nos
moldes de Arábia Saudita e Irã.
Para as potências ocidentais, no
entanto, esta questão é secundária. O problema para eles é político e
econômico. Houve protestos populares no Barein e na Arábia Saudita, porém, seus
governos sufocaram (para não dizer que dizimaram) os protestantes. Na Arábia
Saudita e no Barein pode. No Egito podia, mas Mubarak não resistiu. Agora no
Irã e na Síria os protestos não podem ser reprimidos. A ONU fica doidinha para intervir.
O problema, portanto não é a democracia, mas sim, manter o suprimento de
petróleo, bem como apoiar a presença militar americana na região.
O que se percebe é que a
Primavera Árabe já esfriou. Começou quente, mas assim que caiu o ditador
egípcio amigo dos americanos e israelenses, os olhos “protetores” do Conselho
de Segurança da ONU se voltaram para este barril de pólvora que é o Oriente
Médio.
OBS: Apesar de citado no texto, o
Irã não faz parte do mundo árabe, já que sua população é de origem persa.
Porém, o país faz parte do que chamamos de Oriente Médio.
O CS (Conselho de Segurança da
ONU) trata de assuntos referentes à segurança mundial. Bem, pelo menos este é o
discurso oficial, já que os interesses de cinco potências são levados em
consideração nesta assembléia, em detrimento da paz mundial, se preciso for.
São 15 membros, 10 deles com
mandatos rotativos de dois anos. Os outros cinco são membros permanentes. Os
“vencedores”, digamos assim, da Segunda Grande Guerra são os que dão as cartas
no CS: Estados Unidos, Reino Unido, França, e Rússia (herdeira da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas). O quinto membro foi aceito em 1972, a saber, a China.
O que os cinco membros
permanentes têm como trunfo é o famoso poder de veto. Todas as resoluções para
serem aprovadas precisam de aprovação de nove dos quinze membros. Porém, se um
dos cinco intocáveis vetarem a proposta, ela vai para a “gaveta”.
Recentemente os americanos
(detesto o termo “estadunidenses”) avisaram que vetariam qualquer proposta
sobre o reconhecimento de um Estado Palestino, solicitado em 2012. Da mesma
forma, uma possível entrada da ONU no conflito civil sírio, foi vetada por
China e pela parceira da Síria, a Rússia.
Um caso de crise do CS ocorreu em
2003: a invasão do Iraque foi vetada por França, Rússia e China, mas os
americanos invadiram mesmo assim, desrespeitando as regras. Houve tentativa de
punir os EUA, mas tal punição foi vetada por Inglaterra e França. Desta vez o
veto foi respeitado.
A França vetou a invasão e depois
vetou a punição contra os EUA. Prova do jogo político de interesses dessas
nações. Prova também, a indiscutível liderança dos Estados Unidos da América.
Segurança mundial? Só se ela ameaçar de alguma forma
as pretensões políticas ou econômicas dos gigantes. Coisas da não tão Nova
Ordem Mundial.
Numa viagem de cinco anos ao redor do mundo (meados do século XIX), Darwin observou, nas ilhas Galápagos, que jabutis gigantes daquelas ilhas e certos pássaros fringilídeos diferiam de uma ilha para outra.
O arquipélago de Galápagos está localizado no oceano Pacífico, a mil quilômetros da costa do Equador, na América do Sul. É composto por treze ilhas grandes, seis ilhas pequenas e mais de quarenta ilhotas. Constitui-se um verdadeiro santuário ecológico com fauna e flora praticamente intactas em determinadas regiões.
Darwin supôs que os fatores alimento e espaço controlariam o tamanho das populações, sobrevivendo apenas os mais aptos, num processo de seleção natural. Segundo ele acreditava, a variabilidade seria inerente às populações, e apenas os mais aptos sobreviveriam.
Darwin jamais disse que "homem veio do macaco", como pregam os ignorantes. Darwin desenvolveu uma bem fundamentada pesquisa. Teoria, ao contrário do que pensa o senso comum, não são "chutes" sobre temas, mas um sistema consistente formado por observações, ideias e axiomas ou postulados, constituindo no seu todo um conjunto que tenta explicar determinados fenômenos.
O
mundo recebeu uma nova nação em 2011, o Sudão do Sul. A Palestina
tentou ser o segundo país a emergir no mesmo ano, mas o Conselho de
Segurança da ONU não aprovou a criação deste Estado, devido ao
poder de veto exercido pelos Estados Unidos. Mas afinal, o que define
o que é um país? O que define se um país é o não um país não é
o povo que mora no território, já que alguns países são
verdadeiros mosaicos de nações diferentes convivendo (pacificamente
ou não) sob o comando de um Estado Soberano.
A resposta pode ser
encontrada na definição dada na Convenção Internacional de
Montevidéu de 1933. Segundo ela, o Estado é uma entidade com:
uma população
permanente
território definido
governo
capacidade de entrar em
relação com outros Estados
Este último ponto é o
que causa a confusão. Essa capacidade depende não apenas de quem
quer ser reconhecido, mas também daqueles que querem reconhecê-lo.
Ou seja, a definição não é técnica, mas, sim, política. País,
portanto, é aquilo que outros países aceitarem como um País.
A
ONU é o palco onde os Estados buscam sua autonomia e soberania. Mas
ela não é o governo central da Terra. Para entrar nesse “clube”
é preciso que haja aprovação dos colegas, com dois terços dos
votos da Assembleia Geral da ONU e a aprovação do Conselho de
Segurança (CS), composto por seus membros fixos e com poder de veto: EUA, França, Reino Unido, Rússia e
China.
Surgem daí os “países que não existem”. O exemplo
mais clássico é o da República Popular da China contra a República
Nacional da China. Em 1949, o nacionalista Chiang Kaishek perdeu para o
comunista Mao Tsé-tung a Guerra Civil Chinesa. Com isso, o governo
chinês deposto se refugiou na ilha de Taiwan, enquanto Mao ganhou
Pequim. Só que desde a fundação da ONU o assento chinês era do
governo refugiado em Taiwan. Então, embora a ilha tivesse apenas uma
fração da população chinesa, permaneceu como a verdadeira China
até 1971, quando a ONU concedeu a cadeira ao governo de Pequim.
Em
1972, depois de receber a vistia do presidente americano Richard Nixon, a China passou a integrar o seleto grupo dos membros
permanentes do Conselho de Segurança. Taiwan, com 23 milhões de
habitantes, PIB per capita igual ao da Alemanha, não é oficialmente um país.
E quais são os direitos de um Estado de
verdade? Antes de mais nada, o novo país garantiria o monopólio do
uso da força legítima em seu território, e ninguém poderia
interferir, sob pena de ficar malvisto pela comunidade internacional
- o que pode trazer embargos comerciais, por exemplo, contra quem
violar a soberania de um país reconhecido.
Por enquanto, a única
certeza é que a anarquia vai continuar sendo o sistema internacional
de governo.
Adaptação do artigo de
Maurício Horta, publicado na revista Superinteressante de Setembro
de 2011
A partir do descobrimento até a
independência, o direito do uso da Terra em nosso país era controlado pela
Coroa Portuguesa.
A distribuição de terras visava
facilitar o controle e a ocupação do território. Neste sentido, surgem as
plantations, grandes propriedades rurais que utilizavam mão de obra escrava e
se praticava a monocultura voltada para a exportação.
As terras que foram cedidas pela
coroa portuguesa e que não foram cultivadas, as terras devolutas, hoje chamadas
de terras inexploradas, não tinham dono entre 1822 e 1850, pois não havia leis
que regulamentassem o direito de uso desta terra.
O governo criou, em 1850, a lei
de terras, com intuito de oferecer mão de obra aos fazendeiros produtores de
café. A lei eliminou as possibilidades de aquisição de terras por parte dos
imigrantes estrangeiros. Os escravos alforriados também não tinham condições de
adquirir tais terras.
A lei de terras garantiu que as
terras devolutas se tornassem propriedade do Estado, podendo ser negociadas
apenas através de leilões. Com isso, somente os grandes latifundiários tinham
condições de adquiri-las.
Desde então a terra deixou de ser
utilizada somente para o cultivo, passando a ser moeda de troca, um patrimônio
particular. Transformou-se em símbolo de poder acentuando as desigualdades
agrárias em nosso país.
Há até hoje no Brasil a prática
de escravidão por dívida, atingindo pessoas de baixa renda. Somente em 1988 a
Constituição passou a prever a expropriação de terras e a realizar reforma
agrária. Tal reforma caminha a passos lentos pela multidão de interesses e promoção de preconceitos sobre tal luta.
Produção de soja no Brasil: 75
milhões de toneladas 2010/2011.
Área plantada: cerca de 24 milhões
de hectares (cada hectare mede 10 Km²).
O Brasil é o segundo maior
produtor mundial de soja.
O estado de Mato Grosso é o maior
produtor brasileiro de soja: 20,4 milhões de toneladas.
O estado do Paraná é o segundo
maior produtor brasileiro de soja: 15,4 milhões de toneladas.
Apesar da maior área de cultivo
estar nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a soja vem encontrando novos
espaços nas regiões Norte e Nordeste.
Fronteira agrícola: é o avanço da
produção agrícola sobre o meio ambiente ligado com a necessidade de maior
produção de alimentos, principalmente os voltados à exportação.
Nos últimos três anos as regiões
Norte e Nordeste registraram um aumento de área para o cultivo da soja de 8,6%,
o que representou cerca de 10% da produção nacional do grão.
O que mais atraiu investimentos
para estas regiões são as terras baratas, as facilidades logísticas. Só no
Tocantins a tecnologia agrícola irrigada possibilitou um aumento significativo
da produção de soja e arroz, cerca de 10% nos últimos anos.
A média do Piauí é de 2,9 toneladas
de soja por hectare. A média nacional é de 2,8 toneladas/hectare.
Outros importantes produtores de
grãos da região Nordeste estão nas imediações do semiárido, entre o sul do
estado do Maranhão e o Oeste do estado da Bahia.
O milho e a soja são as culturas
de maior peso na produção: juntas chegam a 83% de toda a safra.
O Brasil é o terceiro maior
produtor mundial de milho com produção anual superior a 50 milhões de
toneladas.
O principal destino da safra são
as indústrias de rações para animais.
As principais áreas de plantação
do milho são estão no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul.
A produção anual de trigo do
Brasil oscila entre 5 e 6 milhões de toneladas. Cerca de 90% da produção
nacional está no Sul do Brasil.